A guerra contra o novo coronavírus está nas ruas de Marituba. Um carro-som percorre os bairros da cidade, pedindo à população que se engaje na prevenção. A mensagem também é transmitida pelos auto-falantes, lembrando a moradores e moradoras que o decreto de calamidade pública, em vigor desde a quarta-feira (25), estabelece restrições à circulação e aglomerações de pessoas. “Vamos fazer esse sacrifício para que, em breve, com a graça de Deus, tudo volte à normalidade”, convoca a mensagem, gravada pelo prefeito Mário Filho.
Embora Marituba não tenha registrado nenhum caso confirmado da doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, já estão sendo investigados nove casos suspeitos, cujo resultado sairá nos próximos dias. O município está preparado para novos cenários, caso algum diagnóstico seja confirmado. A rede municipal de saúde dispõe de oito respiradores e a prefeitura já encomendou mais quatro. São aparelhos fundamentais para receber pacientes que estejam com dificuldades respiratórias, um dos sintomas mais graves da doença.
A Secretaria Municipal de Saúde reservou duas alas para atendimento de possíveis casos. Uma na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e outra no Hospital de Urgência e Emergência. Mas a grande arma que deve ser usada para barrar a chegada da doença a Marituba é mesmo a prevenção. “É preciso levar a sério esse problema. Marituba tomou suas precauções. Tudo que for possível fazer para prevenir nós vamos fazer. Nossa função é essa: cuidar da vida, garantir a saúde da população”, afirma o prefeito.
O decreto de calamidade pública preconiza o isolamento social, que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde, pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Saúde do Pará como o meio mais eficaz para se evitar a propagação do vírus e achatar a curva da contaminação, evitando que os sistemas de saúde entrem em colapso.
“É uma medida difícil, nós não estamos acostumados com isso, mas é preciso se conscientizar de que é necessário. Nós não queremos que o nosso município passe pelo que outras cidades estão passando. Se cada um fizer a sua parte, todos saem ganhando e nós vamos vencer essa guerra”, afirma Mário Filho.